Iaaaaaaaêêêêê galeraaaaaa!!! Fiquem aí com o novo capítulo!!!
Capítulo anterior:
A História dos Consoles de Mesa #8 - O Crash de 83
A Ascensão de um Deus dos Games
Enquanto a indústria de games estava
morta nos Estados Unidos, no Japão ela parecia cada vez mais viva. Uma das
maiores empresas que lá atuava era a Nintendo,
a responsável pelo clone japonês do Pong
dos anos 70. Tentando ingressar no mercado ocidental, em 1980, criaram um jogo de
arcade em que você controlava uma
nave e destruía outras que vinham em sua direção, chamado Radar Scope, porém o game
foi um fracasso. E foi com esse fracasso que o rei dos vídeo games surgiu.
Hiroshi Yamauchi, o presidente da Nintendo na época (e também o homem mais
rico do Japão até o seu falecimento em 2013) chamou o Shigeru Myamoto para
criar um jogo que atraísse os consumidores, porém, Miyamoto não sabia
programar, mas em compensação tinha uma grande criatividade, e após uma
pesquisa de mercado, notou que as pessoas gostavam de jogar com personagens.
E
então,com essa teoria, junta à sua criatividade e mais dois programadores, em
1981, lançaram o Donkey Kong, o qual fez tanto
sucesso que rendeu duas continuações, além do game Mario Bros lançado em 1983 que aproveitava o sucesso do
protagonista de Donkey Kong e trazia
o seu próprio game. Todos esses, feitos por Miyamoto.
Após todo esse sucesso, a Nintendo, mesmo tendo visto o fracasso
que estava sendo o mercado de games americano, lançou no Japão, ainda em 1983,
o Famicom (abreviação de Family Computer, que significa
Computador Familiar), um novo console, o qual estava muito mais a
frente do Atari, com muito mais
potência,
uma maior palheta de cores, e era um console de 8-bits (quanto mais bits, mais memória, e quanto mais memória, mais complexos e bonitos
eram os jogos). Foi também o responsável pelos Joysticks que conhecemos hoje, com uma cruz do lado esquerdo onde
você movia o personagem, os botões select
e start, e mais dois botões de ação.
O sucesso do Famicom já era esperado, estima-se que ele tenha vendido cerca de
60 milhões de unidades, o dobro do Atari.
Mas a Nintendo tinha grandes ambições
e queria lançar o console no mercado ocidental, o que seria um grande desafio,
pois como o mercado ainda estava muito saturado, quase nenhum varejista queria
comprar um console para vender, já que após o Crash de 83, os consumidores tinham perdido a vontade de jogar em
consoles pela má qualidade dos games.
Foi aí que a Nintendo cumpriu três passos para transformar o Famicom em um console de sucesso nos
Estados Unidos. O primeiro foi mudar o nome e design do console, que deixou de
ter a aparência de brinquedo para se tornar um produto mais “High-Tech”, e de Family Computer passou a se chamar NES, uma sigla para “Nintendo
Entertainment System” (Sistema de Entretenimento Nintendo).
O segundo foi a inclusão de periféricos, o console vinha
com um robô chamado “R.O.B.” e uma
pistola de nome “Zapper”, ambos
serviam para jogar jogos específicos. E o 3º foi incluir um jogo na própria
caixa do console, que no caso era o Super
Mario Bros., desenvolvido pelo Miyamoto especialmente para a entrada no
ocidente.
Com isso, apesar de toda a
dificuldade, o NES chamou muita
atenção e atraiu não só os gamers,
como também pessoas que buscavam um tipo de entretenimento caseiro alternativo.
O sucesso de Super Mario Bros. fez a Nintendo adotar o Mario como mascote da
empresa, gerando assim outras duas continuações para o game, sendo que a
primeira foi a mais vendida, não só da série, mais do console, pois vendeu
cerca de 40 milhões de unidades, algo que já é absurdo para hoje e nos anos 80
era ainda mais impressionante.
Com o tempo a Nintendo foi lançando vários outros jogos de sucesso, e quase todos
com a produção de Miyamoto, como The
Legend of Zelda, Metroid e Excite
Bike, trazendo assim uma maior popularização do NES, o que trazia de volta a atenção das Third-Parties (empresas que fazem jogos para uma plataforma ser
serem pagas para isso), que em sua maioria estavam na área dos fliperamas, a
fazerem jogos para o NES, trazendo
assim franquias de renome, como Contra,
Megaman, Castlevania e Final Fantasy.
Para impedir o fracasso que houve em
1983 com a enxurrada de jogos ruins, criou o “Selo de Qualidade Nintendo”, um selo que a
própria Nintendo dava a jogos que
passavam pelo seu teste de qualidade, ou seja, jogos ruins não tinham esse
selo, e, por isso não vendiam muito, motivando, assim, a uma produção de jogos
com qualidade.
Sabendo que todo esse sucesso
motivaria outras empresas a criarem seus próprios consoles, a Nintendo fechou acordo com todas as Third-Parties de mais sucesso para que elas virassem Second-Parties, ou seja,
lançassem seus jogos exclusivamente para seus consoles, como a Capcom e a Konami.
E com isso o mercado foi ressuscitado
pela Nintendo, e, principalmente pelo
deus dos games, Shigeru Miyamoto.
“Eu gosto de criar tendências, não segui-las”
(Shigeru Miyamoto)
Tchau galeraaaaaa!!!!
Estou acompanhando tudo por aqui, xará, hehe.
ResponderExcluirEstá super ótimo o material =)
Valeu, xará!!!!
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